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domingo, 24 de julho de 2011

Muita, muita fé e só

Passei dias tendo que me controlar nessa dieta comportamental, até que chegou o momento crucial, aquele em que não deu mais para fechar a boca, frear ainda mais minhas reações emocionais e prender o choro. Me permiti então, deliciar a inexatidão de tudo que me ocorre, dessas horas vazias e acomodadas e saborear lambuzando meu ar pitorescamente melodramático. Virei uma vilã de poucas palavras e glossário repleto de resmungos e mau-humor, subitamente. Ao sestear, lacrei os olhos e pensei forte, que tudo era aprendizado, fase ruim e esvoaçaria tão logo eu despertasse. Que as nuvens se separariam, dando adeus à nebulosidade, e ao meu almejado lugar ao sol. E que eu tinha muita, muita fé. Cega, otimista, e apressada, a fé; o invisível que cresce na esperança. Dormi calma e sem mais delongas, o que é raro em quem o cérebro acostumou-se a funcionar no automático e liga, desliga e governa quando bem entende. Acordei numa tranquilidade infantil, e acho que sonhei com pessoas de quem me distanciei, tomei o rumo contrário, e que sentia falta; pra ver se reconecta, recarrega, ou algum sinal furtivo, SOS desesperado. Despertar bem-humorada nesse dia totalmente atípico e até libertador acabou passando batido, e uma intuição transitória de aparecer, dar as caras, me roubando a sanidade, enquanto apenas me deixo levar. Ímpeto dominado por certeza e destreza. Querendo me conectar ao mundo real, depois de foragida por semanas, com aquela vontade de viver só para mim: sem testemunhas, cúmplices ou superiores e uma peça, bem pregada, costurada e impregnada pelo destino: você. O sujeito da falta, o egoísmo mais cômico e dilacerador, que eu ainda culpava no âmago dos meus dias, nuns lapsos de memória ou presságios futuros de ter encaminhado ao buraco negro e que também sente minha falta, brinca com o tempo e esses sumiços, e quer me ver. Quer me ver. Tão logo acabe o verão, e os dois estejam longe das perdições praianas e feriados comemorativamente promíscuos. Na cidade, seguros talvez apenas da lucidez das vidas recomeçadas, lugares diferentes e pessoas novas. Assim, depois de semanas, e sem ódio exposto ou declarado, e muita calma. Supostamente, ainda com essa loucura, a inconsistência em nível elevado, esse andejo que pulsa periodicamente, e o meu feeling arisco, alguma chance, perdida e ainda reluzente, porque cada um foi se refazendo ao longe, devagar e com carinho, esperando a pressão baixar, a raiva sumir, e aos poucos, a sua parte na ponte quebrada, no abismo profundo; se encontrando bem na metade desse itinerário confuso e tortuoso, cujo caminho é conhecido e detalhado apenas pelos dois pedacinhos de carne ambulante que habitam o paralelo 30, nós dois. Ainda que pessoas em abundância tentem meter o dedo, nariz e seus palpites desgastados. Ou que sejamos ao mesmo tempo as pessoas mais adversas e completas, que serviriam apenas um para o outro. Você é totalmente esportes e geração saúde, enquanto eu me volto para meu mundo interior, letras, musicalidade e chocolate de qualquer espécie. Você e seu ceticismo lógico, pagando para ver, e vendo para crer, e eu retrogrando signos, analisando mapas atrais, sinastrias e revoluções solares. Crendo desesperadamente em tudo, para ver se acontece de uma vez. Avaliando cada mudança celestial, secretamente. São poucas as coisas que nos atraem, mas são várias as que nos ligam, e fazem voltar, retroceder. As personalidades fortes que são compreensão mútua e desafio constante, o gosto pelo humor sádico e irônico, as mesmas músicas herdadas paternamente, maldição numérica de detestar qualquer matéria exata e a escolha idêntica de futuro profissional. Em conjunto, apenas esses recado sutil e a saída apressada, medrosa. Sem nem dar tempo para algum surto psicótico ou reclamações atrasadas. Saber que quer talvez dar certo, uma necessidade desamparada do outro, e quem sabe mesmo, essa oportunidade recolocada à mesa com juízo. Tenho vontade de sorrir pela outra parte do dia que me resta, e se inicia noite, mas me contento em ficar alegre quase em segredo. Apenas mamãe, claro. E relembro que como quem come bolo quente, a consequência é sempre dor-de-barriga. Agradeço ao papai do céu, esse ser superior que chamam de Deus, Jesus, Ogum e prometo continuar tendo muita fé. Principalmente para continuar sã, firme e forte no ritmo da música vida, sem afobação e nenhuma preocupação. Muita, muita fé e só.

(Camila Paier)
P.S: Lindo texto que achei revirando o Calmila! Muita , muita fé e só, pra mim, pra você e pra todo mundo!

X O X O

domingo, 17 de julho de 2011

Dessas saudades com seus lindos fios de amor



"Era saudade, sim, eu pude dar nome quando tocou o meu instante com mãos de surpresa e me convidou pra sentir. Eu deixei que crescesse, que expandisse seus ramos, que florisse com calma, sem tentar adiá-la ou entretê-la, essas coisas que às vezes a gente tenta fazer com saudade que machuca, e vez ou outra até consegue. Mas aquela, eu pressenti pela melodia do perfume que emanava, aquela não tinha a mínima intenção de ferir. Aquela não saberia, ainda que tentasse. Aquela, eu sei, não tentaria.

Não era daquelas saudades que fazem a musculatura da vida ficar toda contraída de dor. Daquelas que amordaçam as flores e espantam as borboletas. Daquelas que engasgam o canto e fazem as asas encolherem. Daquelas traiçoeiras que, na primeira oportunidade, quebram as pontas dos nossos lápis de cor. Daquelas que escondem os brinquedos da gente nas prateleiras mais altas e, por via das dúvidas, encurtam os braços do nosso contentamento. Daquelas que inflam nuvens que depois inundam tudo de carência e de tristeza. Não, aquela não.

Aquela era uma saudade feita de um punhado de sorrisos viçosos floridos no jardim da memória. Era pássaro que cantava macio na árvore mais frondosa da minha gratidão. Era mar que estendia ondas suaves de ternura por toda a orla dos meus olhos. Aquela era dessas saudades que toda vez que dizem acendem um mundaréu de estrelas no céu do coração. Era uma certeza de que a vida sempre arruma maneiras para aproximar as almas irmãs, esses anjos vestidos de gente que tornam mais fácil e mais feliz a nossa temporada de aulas e recreios nesse mundo.

Aquela era dessas saudades bem-vindas que trazem também descanso e alegria na sua cesta de bênçãos. Era dessas saudades que derrubam cercas e desenham pontes. Era dessas saudades que desembrulham lembranças que deixam o instante da gente todo perfumado de Deus. Aquela era dessas saudades generosas que bordam sol no tecido da alma com os seus lindos fios de amor."

Ana Jácomo

terça-feira, 5 de julho de 2011

É promessa



Porque você sempre poderá se levantar, não importa o número de vezes que você caia;
Porque não há mal que você não possa transformar em aprendizado, você sempre ficará mais forte;
Porque você é capaz de enxugar as lágrimas, não é vergonha chorar;
Porque não importa quantos covardes existam a sua volta, você sempre terá coragem;
Porque você sabe que tudo acontece no momento certo, você sempre será paciente;
Porque não importa o quanto alguém possa ser amargo, você sempre será doce;
Porque você é uma verdadeira estrela, a escuridão nunca chegará perto;
Porque mesmo que você possa ficar triste, você sempre será feliz;
Porque não importam o tempo e a distância, você nunca estará só;
Porque Deus estará sempre conosco e essas palavras serão eternas.

Caroline Medeiros

Alma mosaico

Para vocês, o melhor de racional e passional em mim: minha família, os amigos que Deus escolheu pra mim, e meus amigos, a família que eu escolhi.


Foi fácil descobrir. Pois, por mais que, às vezes, eu precise estar só, e, às vezes, precise olhar, especificamente, para mim, eu sei que não é na solidão que eu encontro meu melhor.
Cada um de nós já nasce sendo um pedacinho comum em duas pessoas, e, ao longo de nossas vidas, mesmo que não nos demos conta, esses dois pedacinhos, que formam uma pessoa, vão se unindo a outros e a mais outros.
Minha alma foi, está e, para sempre, continuará sendo formada por aqueles que estão ao meu lado. Sim, é a mais pura verdade. Só graças a vocês eu sou o que sou hoje.
Vocês me ensinaram as lições mais valiosas que se pode aprender, aquelas que só se aprende com carinho. Vocês caíram comigo, para me fazer levantar. Vocês, assim como eu, estão descobrindo que as distâncias podem não significar nada.
Vocês, que roubaram pedaços de minha alma para colocar pedaços das suas nos lugar, são o mais perto da perfeição em que eu posso chegar. Vocês são o meu conjunto. Então, foi fácil descobrir porque eu posso sempre chegar ao meu melhor, principalmente, com vocês por perto. Simplesmente, porque somos, e sempre seremos, partes uns dos outros, partes de um mosaico, que sozinhas são ótimas, mas unidas são melhores ainda.

Caroline Medeiros

Depois de amanhã.



Hoje, ao abrir os olhos, me dei conta que aquilo que, um dia, foi fim se transformou em começo, então, lá vamos nós de novo, mas tenha certeza de que não será como antes.
Eu já travei, já chorei, esbravejei, enlouqueci, e, finalmente, passei por cima de tudo aquilo que tanto me fez mal, ou, pelo menos, pensei que havia feito. Agora, você está de volta, e até parece que alguém resolveu me pregar uma peça, fazendo com que esse “destino” retornasse para mim. Quem sabe se não foi você mesmo que decidiu isso só pra ver o que aconteceria?
Pois bem, amigo! Sinceramente, foi um choque. Me dei conta de que esse mundo dá voltas demais para que eu passa dizer, com convicção, que algo está, definitivamente, terminado. Assombrações existem!
Mas, quer saber? Eu não sou, e nunca mais serei, a pessoa que você encontrou ontem, em uma festa qualquer, ou em um certo carnaval. Chegou a minha vez de assumir o controle, portanto, mesmo que não tenha acabado, será como eu quero daqui por diante, mesmo que em algum momento se torne um pouco difícil.
Posso já não saber o que esse futuro me guarda, mas, como último favor, eu vou te dar um conselho: prepare-se, pois o que vem por aí promete, e muito. E eu? Eu posso até sair com algumas rachaduras, mas você vai sair todo quebrado.

Caroline Medeiros

BEM VINDA

Novidade abençoada aqui no Relicário! (:

CAROLINE MEDEIROS!

Isso mesmo, a outra CAROL está chegando, arrasando, e pra ficar, lógico!

Nós CKAROIS, esperamos que vocês, estimadas leitoras( e leitores,claro) se inundem de sentimentos bons ao ler tudo o que aqui estiver escrito!
Mil beijos, queridas e queridos! E vem aí a CAROL COM "C"! uhú
Finalmente , não é? kkkk


bjos ;*

P.S: O RELICÁRIO PASSARÁ POR MUDANÇAS NO VISUAL, EM BREVE, AGUARDEM! rs

domingo, 3 de julho de 2011

Nessa espera

Todo dia é só mais um dia
Se é longe de você
Todo tempo é só essa espera
Se eu não puder te ver

Mas se é pra te ver chorar
Nem pensar
Melhor deixar pra lá
Mas se é pra te ver chorar
Nem pensar
Melhor sentir saudades e deixar
O tempo consertar
O que der pra consertar
Do que ainda resta de nós.


O que há de ser será, qualquer dia
Mas o que haverá de ser
Nem a brisa vem soprar nessa espera
Tudo espera por você


Deixa a chuva desabar, nessa espera
Deixa a mágoa desmanchar, nessa espera
Deixa a água carregar, nessa espera
Toda a raiva que restar, nessa espera.

Nessa Espera
Composição: Leoni - Vinícius Cantuária


MÚSICA LINDAAAAAAAAA, PERFEEEEEEEEEEEITA! *-* (: