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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Subentendido

   Ela olhava as fotos e às vezes se perguntava “por que eu sou tão assim: louca, destemida, atrapalhada, que tropeça no antiderrapante- não há pulseira de equilíbrio que me de jeito-que não tem coordenação motora, não tem noção de quantidade- a propósito, isso é um defeito?’’
   Às vezes se perguntava cada coisa, escutava cada música. Tudo o que ela procurava era um sentido para o que estava acontecendo em sua vida: o esforço não recompensado, o sufoco causado pela distância e o certo vazio que sentia dentro de si. Pensava nas coisas boas que aconteceram: as reuniões entre amigas, as gargalhadas, aquela festa, aquele carinho, aquela paz incomparável transmitida por aquela pessoa. E então vinha a lembrança de um ser novo, inteligente, gentil, lindo. Ela até conhecia seus arredores, mas o conhecia tão pouco.
  E era justamente isso que lhe faltava: conhecê-lo mais, ir a finco em sua alma, se puder resgatá-lo, cicatrizá-lo. “O que ele esconde? ’’-se perguntava. E pensava: “Uma ligação, uma conversa’’. E cantava: “Eu preciso te falar, te encontrar de qualquer jeito, pra sentar e conversar, depois andar de encontro ao vento... ’’. Uma conversa profunda era tudo o que ela queria... “Mudaria tudo, PRA MELHOR, não sei por que, mas tenho essa certeza!’’-suspirava. Ela queria, rapidamente, preencher aquele vazio. Mas sempre que sua mente se enchia de bons pensamentos sobre o ser, os ruins a atormentavam. Ela pensava que aquele ser lindo não queria vê-la, não estava nem aí para ela, que talvez eles se encontrassem em breve, mas ele não pensava nela, não a queria.
  De repente, como se o ruim não existisse, o conforto inundava-lhe a alma, e ela sentia mais vontade de conversar, dizer o quanto gostava dele e que sempre iria estar ali, pro que ele precisasse. Pois ele havia sido o único, o único que lhe transmitiu paz e amor ao mesmo tempo. Tudo o que ela precisava. E ela realmente precisava preencher aquele vazio dentro de si e sorrir tranquilamente ao lado dele. Até que, depois de tantos pensamentos, restou-lhe uma grande dúvida: o que ela sentia! Era paixão?Será que era amor? Tudo estava subentendido, subentendido em seu coração. Karoline Alves

2 comentários:

  1. Texto muito bacana, Karol, extremamente profundo. Tenho certeza que este não será o único texto profundo que este blog terá! Afinal, a produção de textos interessantes, profundos e modernos é a especialidade da dona do devido Blog. Aposto muito no seu sucesso, pois eu sei que vale à pena, menina produtiva e criativa.
    (Anna Karatina).

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  2. Extremamente profundo mesmo,Anninha! kkkkkk
    fico muito honrada com as palavras,obrigadaaa!! Quero sempre a presença de vcs,GRANDES AMIGAS,aqui,acompanhando o meu blog!!! BAZZINGAAAAA

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Muito obrigada pela sua presença!Fica com Deus :)